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A mostrar mensagens de julho, 2022


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Adriano da Conceição - Caso resolvido

Após a publicação do artigo « Adriano da Conceição - Um caso bicudo », recebi de fonte segura a confirmação de que este é filho de Francisco António do Carmo (nss. 48), sendo este o último avô conhecido da linhagem de varonia Carmo . A fonte seguro foi um avô vivo que não só confirmou a informação como recordou pedaços de história que agora ficam registados. 1 - Francisco António do Carmo não perfilhou o filho Adriano. 2 - Adriano casou com Adriana Virgínia Nunes da Mota (nss. 25) em Santa Maria dos Olivais (Tomar) aos 9 de Novembro de 1899. 3 - Adriana Virgínia Nunes da Mota, que fazia as filhoses para o dia de Natal, trabalhava no Ministério do Ultramar. 4 - Adriana e Adriano separaram-se em vida porque aquela encontrou Adriano a passear na Avenida da Liberdade de braço dado com outra mulher. Adriana pegou num vaso de flores e atirou da janela para cair em cima deles, mas não consguiu acertar. 5 - Um dia, Adriano cruzou-se com o seu filho Miguel da Conceição Mota Carmo à saída de

Memórias dos meus avós: Angola 1972-1975 (4 de 4)

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  Memórias dos meus avós: Angola 1972-1975 Parte 4 Retornados  Figura 5 - Retornados (imagem de  https://www.auroradolima.com/opiniao/os-retornados-ajudaram-a-mudar-portugal/ ).  Eu cheguei aqui [à metrópole] era 10 de Junho, era o santo António. Em Queluz eram as festas de Santo António. Eram os foguetes… eu dava cada pulo na cadeira… O meu irmão dizia assim: «Ah, está calada, não te ponhas assim. Estás aqui, não estás lá». Mas andava... pronto… E andei muito tempo. Quando cá chegaram, não traziam nada… Nada. Nem um lençol. Nada. Nem dinheiro para comer. Com tanto dinheiro que eu lá tinha, não deixaram trazer um tostão.  O Cesário disse-me assim: «arranje uma mala que eu faço-lhe chegar à metrópole de avião. Eu vou a Alverca e despacho-lhe como sendo minha». Só que quando eu cheguei a Alverca, perguntei: «uma mala assim, assim, e tal»; «ah, só se estiver ali no cemitério das coisas».  Já tinham arrombado as tampas, tinham roubado tudo, mas eu quando meti a mão disse assim «ah!»; tin

Memórias dos meus avós: Angola 1972-1975 (3 de 4)

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  Memórias dos meus avós: Angola 1972-1975 Parte 3 Caos urbano   Começou o tiroteio. As paredes era mais que balas. O que é que aconteceu no 25 de Abril lá? Não soubemos nada. Só dois dias depois é que soubemos: que o Marcelo Caetano tinha sido destituído, que ia para a Madeira, ele e o Américo Tomás, que era o presidente da República. Pronto, assim foi.  Então, dois dias depois souberam… Sabia-se que tinha havido qualquer coisa cá na metrópole. Mas como cortaram as ligações todas, não sabíamos nada. Então, dois dias depois, soubemos. Bem, o pessoal ficou todo contente mas uns dias depois ficou muito triste porque começou ali o tiroteio, começaram os pretos a atacar… a atacarem-se uns aos outros! Porque haviam os partidos: o FNLA, o MPLA, e a UNITA. Eram os três. E, então, guerreavam-se entre eles, nos musseques. Começaram-se a guerrear, começaram-se a matar, e a gente tinha medo. Aquilo não era contra nós, mas a nossa tropa era enviada imediatamente para lá.  Depois do 25 de Abril

Memórias dos meus avós: Angola 1972-1975 (2 de 4)

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  Memórias dos meus avós: Angola 1972-1975 Parte 2 Em Angola, em paz  Chegámos lá no dia 23 de Dezembro.  Quando lá chegaram em 72, já se viam as tropas na cidade? Via-se, via-se. Mas não tínhamos nada. A gente passava de noite e de dia e não havia nada. Não havia terrorismo. A gente não sabia o que era terrorismo. Eu vinha na camioneta, à meia-noite, para casa – e, às vezes, a camioneta era só pretos – eu era a única branca, eles levantavam-se para me dar o lugar… era, era… vivíamos bem. Vivíamos muito bem. Depois do 25 de Abril é que foi o pior.  Não havia terrorismo na cidade. E mesmo fora da cidade – havia sítios, aqueles da FNLA que eram terríveis, e os do MPLA… Porque era assim, eles [as tropas portuguesas] para irem para o mato ou para irem de Luanda para outro sítio qualquer, tinham de ir com um comboio de tanques a acompanhar aquilo. Mas se levassem duas grades de cerveja, não havia problemas. Os terroristas o que queriam era comida, bebidas, tabaco. E eles estavam na beira da


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